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Propagandas - parte 2 (13/08/2015)
Desconsiderando a questão da privacidade relacionada às
propagandas já abordada na primeira parte desse assunto,
ainda há outro aspecto a ser considerado: o bem-estar do público.
As propagandas criadas com
finalidade comercial tem como objetivo induzir o público a gastar dinheiro com o objeto
propagandeado, seja através da aquisição de produtos ou serviços ou até mesmo
através de doações.
O pagamento justo por um bem ou serviço não é o problema. As
pessoas precisam ser remuneradas por seu trabalho e o dinheiro é a forma mais
comum de se fazer isso na sociedade. O problema é o modo como as propagandas
induzem as pessoas a acreditarem que precisam gastar dinheiro com o objeto da
propaganda. A tática mais comum é fazer as pessoas se sentirem mal por ainda
não ter gasto dinheiro com o objeto propagandeado.
Isso pode soar absurdo para quem nunca se preocupou com esse
assunto, mas é recorrente que em propagandas os atores representem pessoas
muito felizes por estarem usufruindo do objeto propagandeado, como se o
público, caso não esteja tão feliz quanto o representado pelos atores, tenha a
falta do objeto como o motivo da infelicidade. Tal representação, se tomada
como realidade, levaria a conclusão de que a aquisição do objeto é um meio de
se tornar mais feliz. O efeito colateral dessa tática é o raciocínio inverso
dessa conclusão: não comprar o objeto tornaria a pessoa mais infeliz.
E isso fica pior quando a pessoa gasta dinheiro com o objeto com
a expectativa de que vai ficar mais feliz e acaba sendo frustrada, pois a
felicidade representada pelos atores na realidade nunca existiu.
Com essa nova reflexão e com o objetivo de promover o bem-estar
dos frequentadores, o fundador desse site se compromete a não veicular
propagandas de terceiros. Os Termos de Uso foram
editados para incluir o item 18 que trata do assunto.